segunda-feira, 27 de maio de 2013

“Na alcova, a mulher de quem manda, manda também.”


por Sylvio Carlos Galvão

                                         A Mídia como o 4º. Poder

A Primeira-Dama é um membro da Administração Pública que se assenta na categoria “notável”. Assim, ela deve ser notada por suas atitudes, sejam funcionais ou personalíssimas.
A valorização de profissionais de imprensa e de relações públicas no mundo atual é uma necessidade primária na Administração Pública porque assim o é para a área de Comunicação do seu município com o resto do mundo (Sim, você está no Mundo. E hoje o Mundo é Plano viu! Bem vindos a ele!).
Sejam profissionais free lance ou de agências, não importa, desde que respeitadas as exigências legais para sua contratação, o que se deve ter em mente é que não devem “jamais” servir apenas para publicar notas oficiais, muitas sem veracidade ou muitas outras desinformadoras. Isso de modo algum e muito pelo contrário.
Qualquer “informação veraz” de origem de qualquer órgão do Poder Executivo deve ser tratada com o cuidado muito atento para a repercussão que a tal informação causará. E não é um diretor, secretário ou chefe do Executivo que conseguirá mensurar precisamente essa repercussão por serem os responsáveis pelos fatos, mas sim os profissionais de Comunicação, no caso, os assessores de imprensa que entendem de Comunicação. Ou seja, falo daquilo que vem depois dos fatos e a eles, aos fatos e seus precursores, retornará muitas vezes se não estiverem muito bem esclarecidos.
Ouvir o assessor de imprensa antes de noticiar uma ocorrência ou intenção de praticá-la não é uma prática usual na maioria da cidades brasileiras. Talvez até porque alguns profissionais da área pouco se importam com isso, mas não são a regra.
Veja bem, essa consulta ao profissional da Comunicação não vai “mudar” decisões e explicações da Administração, mas ajuda encontrar um meio mais eficaz ou menos nocivo para se comunicar algo que pode causar polêmica. Isso exige profissionalismo e não apenas vaidade de poder.
A Comunicação em política ele e derruba. É algo muito mais sério do que apenas comandar uma cidade, estado ou nação, assim como em tudo na vida, a Comunicação edifica ou detona projetos, práticas e ideias.
Agora, saber comunicar-se é um dom dos que gostam do ofício e uma necessidade a ser perseguida pelos que não entendem bem esse ofício, ou aquele dom.
Ainda no campo dos motivos, vejo sim absoluta necessidade de uma Primeira-Dama ter sua assessoria de imprensa pessoal, pois: a) sua pasta é a linha de frente da área social da Administração, a que mais interessa aos administrados; b) suas atividades nunca devem ser tratadas como complementares à Administração, mas fundamentais à ela; c) a imagem da Primeira-Dama deve ser valorizada em benefício da conquista feminina das últimas décadas como resolvedora de conflitos por excelência nas áreas em que atua, sobretudo na familiar, e, por fim, um motivo da minha cota pessoal perceptiva: a mulher de quem manda é, ao mesmo tempo, o riso e o risco do poder estabelecido. O riso que dá sutileza ao Poder pelos aspectos feminis; o risco, por ser dele, do Poder, seu maior estimulador (ou detonador, como queiram).
         Em resumo, na alcova, a mulher de quem manda, manda também.
    Vale ressaltar, em tempo, que as ações de uma Primeira-Dama disseminada euforicamente não apaga o brilho do mandatário. Ao contrário, aumenta-o, pois esse brilho existe porque há uma constelação de interesses político-corporativos aliados ao bom caráter do chefe do Executivo. Já, o brilho da Primeira-Dama como uma estrela solitária dentro do jogo do cosmo político mostra um brilho real sobre o artificial.


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