por Sylvio Carlos Galvão
A Mídia como o 4º. Poder
A Primeira-Dama é um membro da Administração
Pública que se assenta na categoria “notável”. Assim, ela deve ser notada por
suas atitudes, sejam funcionais ou personalíssimas.
A valorização de profissionais de imprensa e
de relações públicas no mundo atual é uma necessidade primária na Administração
Pública porque assim o é para a área de Comunicação do seu município com o
resto do mundo (Sim, você está no Mundo. E hoje o Mundo é Plano viu! Bem vindos
a ele!).
Sejam profissionais free lance ou de
agências, não importa, desde que respeitadas as exigências legais para sua
contratação, o que se deve ter em mente é que não devem “jamais” servir apenas
para publicar notas oficiais, muitas sem veracidade ou muitas outras desinformadoras.
Isso de modo algum e muito pelo contrário.
Qualquer “informação veraz” de origem de
qualquer órgão do Poder Executivo deve ser tratada com o cuidado muito atento
para a repercussão que a tal informação causará. E não é um diretor, secretário
ou chefe do Executivo que conseguirá mensurar precisamente essa repercussão por
serem os responsáveis pelos fatos, mas sim os profissionais de Comunicação, no
caso, os assessores de imprensa que entendem de Comunicação. Ou seja, falo
daquilo que vem depois dos fatos e a eles, aos fatos e seus precursores,
retornará muitas vezes se não estiverem muito bem esclarecidos.
Ouvir o assessor de imprensa antes de
noticiar uma ocorrência ou intenção de praticá-la não é uma prática usual na
maioria da cidades brasileiras. Talvez até porque alguns profissionais da área
pouco se importam com isso, mas não são a regra.
Veja bem, essa consulta ao profissional da
Comunicação não vai “mudar” decisões e explicações da Administração, mas ajuda
encontrar um meio mais eficaz ou menos nocivo para se comunicar algo que pode
causar polêmica. Isso exige profissionalismo e não apenas vaidade de poder.
A Comunicação em política ele e derruba. É
algo muito mais sério do que apenas comandar uma cidade, estado ou nação, assim
como em tudo na vida, a Comunicação edifica ou detona projetos, práticas e
ideias.
Agora, saber comunicar-se é um dom dos que
gostam do ofício e uma necessidade a ser perseguida pelos que não entendem bem
esse ofício, ou aquele dom.
Ainda no campo dos motivos, vejo sim
absoluta necessidade de uma Primeira-Dama ter sua assessoria de imprensa pessoal, pois: a)
sua pasta é a linha de frente da área social da Administração, a que mais
interessa aos administrados; b) suas atividades nunca devem ser tratadas como
complementares à Administração, mas fundamentais à ela; c) a imagem da Primeira-Dama deve
ser valorizada em benefício da conquista feminina das últimas décadas como
resolvedora de conflitos por excelência nas áreas em que atua, sobretudo na
familiar, e, por fim, um motivo da minha cota pessoal perceptiva: a mulher de
quem manda é, ao mesmo tempo, o riso e o risco do poder estabelecido. O riso
que dá sutileza ao Poder pelos aspectos feminis; o risco, por ser dele, do
Poder, seu maior estimulador (ou detonador, como queiram).
Em resumo, na alcova, a mulher de quem
manda, manda também.
Vale ressaltar, em tempo, que as ações
de uma Primeira-Dama disseminada euforicamente não apaga o brilho do mandatário. Ao
contrário, aumenta-o, pois esse brilho existe porque há uma constelação de
interesses político-corporativos aliados ao bom caráter do chefe do Executivo.
Já, o brilho da Primeira-Dama como uma estrela solitária dentro do jogo do cosmo político
mostra um brilho real sobre o artificial.
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