Por Antonio Zacarias
A cena da primeira-dama do Amazonas, Nejmi Aziz, trajando calça jeans, tênis e camiseta, e segurando a mão de duas crianças (foto) durante manifestação pública contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, na última terça-feira em Manaus, é absolutamente inusitada. Não encontrei na memória, embora a tenha vasculhado de ponta a ponta, nenhuma cena semelhante, protagonizada por outra primeira-dama amazonense. Durante toda a manifestação, Dona Nejmi Aziz esbanjou simpatia e simplicidade, além de não ter deixado nenhuma dúvida acerca de seu engajamento na luta em defesa das nossas crianças e adolescentes.
Com essa atitude, dona Nejmi Aziz segue os passos da ex-primeira-dama do Amazonas, Dona Sandra Braga, que desenvolveu, durante todo o Governo Braga, um belíssimo trabalho de resgate de crianças e adolescentes em situação de risco ou vítimas de maus-tratos e abusos. Há, porém, uma diferença crucial entre ambas: a Senhora Aziz parece ter mais intimidade com eventos eminentemente populares, como o que ocorreu na terça-feira, do que a Senhora Braga. Talvez porque Dona Nejmi se mire no exemplo de Omar Aziz, cujo espírito público foi forjado em meio a lutas populares contra a ditadura militar.
Verdade é que Dona Nejmi parece gostar do cheiro do povo, a julgar pela desenvoltura com que caminha entre as pessoas simples e necessitadas. Ver a primeira-dama vestida com a simplicidade com que as águas do rio Amazonas correm para o mar, caminhando entre gente humilde, nos faz continuar acreditando na humanidade.
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