Por Dani Schiavo
do site Dia de Estilo
As mulheres que chegam ao poder geralmente não sabem como resolver seu guarda-roupa. Muitas deixam de lado a vaidade acreditando que precisam se masculinizar para impor respeito neste universo por vezes tão tradicionalista. Já à primeira-dama sempre coube o papel de “bonequinha de luxo”, a figura que acompanha o presidente, governador ou prefeito com a obrigação de estar sempre impecável e ponto.
Será que não é possível aliar estilo, moda e atitude política em um mesmo guarda-roupa? Michelle Obama, primeira-dama norte-americana, e Carla Bruni, esposa do presidente francês Nicolas Sarkozy, provam que sim! De elegância indiscutível, ambas têm atitude, não veem a moda como um instrumento de diferenciação social e fazem questão de prestigiar estilistas de seu país.
Em entrevista à Vogue Brasil de dezembro de 2009 (edição 376), Valerie Steele, historiadora e diretora do Fashion Institute of Technology de Nova York, definiu as duas da seguinte maneira:
“As senhoras Sarkozy e Obama não são apenas mulheres estilosas que consomem moda, um perfil comum a muitas primeiras-damas. Elas entendem moda como uma posição política e se apresentam de forma a mostrar que são modernas também nas ideias”
Nesta frase, ela disse tudo, não é mesmo? Mas vamos falar um pouquinho mais sobre o estilo de cada uma:
Carla Bruni
Carla Bruni foi modelo, por isso bastante habituada a acompanhar e seguir tendências do universo fashion. Quando se tornou primeira-dama francesa, precisou adotar um estilo mais clássico, condizente com a posição que ocupa, mas ainda assim manteve sua personalidade. Mesmo em aparições oficiais, ela usa sapatilhas (sempre!), demonstrando originalidade e respeito à estatura do marido, um pouco mais baixo que ela.
Carla usa apenas grifes francesas, como Dior (sua preferida), Hermés e a Chaumet (de joias), projetando ainda mais os estilistas de seu país nos cenários nacional e internacional. Ela entende que representa a França e que sua responsabilidade é grande, já que as pessoas se espelham nela. Extremamente independente – Carla é também cantora e compositora – a primeira-dama demonstra responsabilidade também nas atitudes, fazendo questão de deixar suas posições bastante claras. Recentemente, declarou que seu closet é “fur free”, ou seja, ela não usa pele nenhuma, em respeito aos animais – as ONGs de proteção agradecem a divulgação!
Michelle Obama
Michelle Obama também faz a ponte entre moda e poder com maestria. Ela, inclusive, é ainda mais engajada que Carla Bruni. Na verdade, nunca uma primeira-dama misturou tantas marcas e gerou tanto retorno para as grifes que veste. A afirmação é da Harvard Business Review, revista de negócios da Harvard (universidade onde Michele se formou em direito), que realizou um estudo sobre o assunto. O resultado dessa pesquisa é surpreendente: a cada aparição pública de Michelle, as ações das marcas escolhidas são elevadas em mais de R$ 23 milhões – e a popularidade da primeira-dama independe do índice de aprovação do governo de seu marido.
A primeira-dama norte-americana veste criações de estilistas da indústria emergente da moda dos EUA. Geralmente são designers independentes do garment district, de Nova York, que congrega pequenos ateliês e oficinas de cultura. Michelle passa claramente mensagens político-sociais por meio de suas roupas. Isso fica claro quando veste peças de estilistas asiáticos, imigrantes – sim, os imigrantes são parte importante da economia do país e ela sabe reconhecer.
No look de Michele (que também declarou não vestir peles), o tubinho na altura do joelho é a peça-chave. Imagem perfeita para representar o espírito prático e empreendedor do norte-americano, não acha?
Beijo,
Dani
Fonte: http://diadeestilo.com.br/page/2/
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